Editorial
A relevância do veículo de imprensa
"Resolvemos esperar para fazer o lançamento com a presença de vocês." "É muito importante que o Jornal faça a cobertura e dê repercussão." "Depois que saiu a reportagem, recebemos retorno com uma solução." "Não sabia que o problema era tão grave até ler a reportagem."
As frases acima foram pinçadas de diálogos que editores, repórteres e fotojornalistas do Diário Popular ouviram nos últimos dias, mas que fazem parte do cotidiano nesse contato permanente entre imprensa e comunidade, jornalistas e fontes. Quem trabalha com comunicação, em uma Redação jornalística como a do DP, a todo momento recebe ligações, mensagens no celular, e-mails e, ainda hoje, cartas ou bilhetes em papel. São tantas e diversas as sugestões, os pedidos de reportagem, as denúncias sobre supostos crimes, desvios e irregularidades. Muitas destas se tornam pautas e vão parar no impresso, no site e nas redes sociais após um processo de apuração, checagem, busca por mais detalhes que indiquem haver ali, de fato, a história ou problema relatado.
E este é aspecto que por vezes passa despercebido pelo público em geral: o trabalho invisível de quem tem a tarefa de apurar, de filtrar o que é notícia ou informação e o que não passa de boato, de uma suspeita infundada, de indignação que pode ser fruto justamente de desconhecimento, desinformação. Assim como muita gente entra em contato para registrar a satisfação por ler reportagem que fala de sua realidade ou que partiu de sua sugestão, também é verdade que, não raro, há quem procure jornalistas apresentando insatisfação por não terem visto nas páginas do Jornal suas reivindicações. A maioria, felizmente, ao ouvir explicações sobre o trabalho prévio de apuração, compreende os argumentos que justificam a não publicação (fatos ou dados que não se confirmam, contexto que não bate com o indicado, informação falsa…).
Ao optar por acompanhar um veículo de comunicação profissional, cada cidadão está fazendo uma escolha fundamental: contar com a notícia, informação ou opinião produzida de forma criteriosa. No caso do DP, por exemplo, além do processo prévio de avaliação das pautas já citado, há a saída a campo para checagem, telefonemas, busca por fontes, espaço para contraponto, seleção do que é mais relevante para o leitor, design, imagens, revisão, hierarquização do conteúdo. Tudo para que o Jornal entregue em casa, comprado no ponto de venda ou acessado na internet seja um serviço relevante, feito com profissionalismo e curadoria séria, capaz de oferecer ao leitor não só o que ele espera ver nas páginas, mas sobretudo aquilo que precisa saber, ainda que provoque algum incômodo.
É por isso que você, que lê este Editorial, não abre mão do Jornalismo, assim como o seu Jornal não abre mão de você.
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